Desde a sua primeira descrição na década de 1960, como uma técnica de diagnóstico, a CPRE evoluiu para uma técnica preferencialmente terapêutica. A principal razão para esta evolução deve-se à utilização de técnicas diagnósticas menos invasivas, tais como a tomografia computorizada, a eco-endoscopia ou a colangiopancreatografia por ressonância magnética (CPRM), que ajudam a selecionar os doentes que necessitam de CPRE.
A CPRE está indicada na avaliação e tratamento das seguintes situações de patologia biliar e pancreática:
- Obstrução biliar secundária a coledocolitíase
- Estenoses benignas e malignas do ducto biliar
- Fístulas biliares
- Casos selecionados de disfunção do esfíncter de Oddi
- Pancreatites agudas recorrentes de causa desconhecida
- Pancreatite crónica com estenoses sintomáticas
- Litíase sintomática do canal pancreático
- Tratamento de pseudoquistos pancreáticos sintomáticos
- Diagnóstico de neoplasias malignas do pâncreas, através da realização citologia e biopsias